ALFONSO FINOT
( Bolívia – La Paz )
( 1918 - ???? )
Poeta, historiador e gestor cultural.
Advogado de profissão, especializado em Direito Internacional Público e Economia Política. Professor universitário. Foi diretor da Biblioteca Municipal de La Paz (aproximadamente 1962-1966). Diretor de Cultura da Prefeitura de La Paz; em sua gestão as atividades da Casa Municipal de Cultura 'Franz Tamayo' foram inauguradas em 1974.
Seu livro de poemas Chsullunquía (Cristais de Gelo, 1950) tem a seguinte apresentação do próprio autor: "Aqui, amigos, estão alguns versos. Cada um deles é uma experiência do meu espírito. É um pedaço de colina nevada, com um poncho aimará e alguma franja quíchua. Uma alma andina canta na língua de Castela. São flores silvestres do Altiplano boliviano que me incentivaram a colocar nas mãos de quem quer sentir o rumor do Altipampa, o espelho dos picos selvagens e o valor americano em terras bolivianas" . Aqui você encontra homenagens ao mundo andino, a personagens como Franz Tamayo e Cecilio Guzmán de Rojas.
Entre os versos está um dedicado 'À Virgem do Lago', no qual se expressa: "Tempestade que rodopia / ondas que rugem furiosamente: / 'Pobre barco de junco! / É um brinquedo de sua raiva. / Água e céu é um abismo / sem a luz das estrelas / Marinheiro à deriva! / Agora sem remos nem velas".
LIVROS Poesia : Chsullunquía (Cristais de gelo, impresso em Buenos Aires, 1950). História Assim caiu Villarroel ( 1948); Documentos sobre a revolução de 16 de julho de 1809 (1992).
TEXTO EM AYMARA — TEXTO EM ESPAÑOL — TEXTO EM PORTUGUÊS
BEDREGAL, Yolanda. Antología de la poesía boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977. 627 p. 13,5x19 cm Ex. bibl. Antonio Miranda
TEXTO EM AYMARA
JISKKALA
Jiskkalala!
Jiskka khalalamp anatiri.
Wila khollur macjatiri.
Yapu taypin arnackeri.
Jallunacán jalnackeri.
!Jiskkalala!
Chchumi taipir imantasiri,
jarararancjur jihuayiri,
!Jsikkalala!
Jahuir aynach, chkhantiri,
jiskd asnitur cjumuntiri,
!Jiskkalala!
Khana ppajsir arnackeri,
hará-warar unchchukiri,
!Jiskkalala!
JJakhe taypin thockttasiri,
auqui-auquit, isttasiri,
!Jiskkalala!
¡Jutam! Nayamp, anatiri;
!Chchiar llaquijj,, apackttiti!
TEXTO EN ESPAÑOL
PEQUEÑUELO
Pequeñuelo!
que juegas con los guijarros
que subes al rojo cerro.
Caminas por los sembrados
y saltas bajo las lluvias
Pequeñuelo!
Que repas a los árboles,
te pierdes en las cascadas,
pequeñuelo!
Te escondes en los abrojos,
matas a las lagartijas,
pequeñuelol!
Que te pierdes rio abajo,
pones carga al borriquillo,
pequeñuelo!
Que silbas cuando oscurece
persiguiendo a las chiquillas,
pequeñuelo!
Gritas a la luna clara
contemplas a las estrellas,
pequeñuelo!
Tú que bailas entre grandes
disfrazado de viejito,
pequeñuelo!
Ven! Ven a jugar conmigo;
quítame mi negra pena,
!pequeñuelo!
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda
GAROTINHO
Garotinho!
que jogas com as telhas
que sobes até o rubro cerro.
Caminhas pelos semeados
e pulas debaixo de chuva
Garotinho!
Que cuidas das árvores,
te perdes pelas cascatas,
Garotinho!
Te escondes nos abrolhos,
matas as lagartixas,
Garotinho!
Que te perdes rio abaixo,
pões carga no jumentinho,
Garotinho!
Que assovias quando escurece
perseguindo as meninas,
garotinho!
Gritas para a lua clara
contemplas as estrelas,
garotinho!
Tu que danças entre adultos
disfarçado de velhinho,
garotinho!
Vem! Vem brincar comigo;
retira de mim esta negra tristeza,
garotinho!
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Página publicada em setembro de 2022
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